O essencialismo ganhou adeptos nos últimos anos como um método eficaz para eliminar o acúmulo de tarefas em busca de um trabalho mais focado e produtivo. Mas os benefícios deste pensamento ultrapassam as horas dentro do escritório e podem ajudá-lo a definir as prioridades em todos os âmbitos da vida.
O termo ficou famoso ao ser abordado por Greg Mckeown como filosofia para alcançar uma vida mais simples. No dicionário, a palavra essencialismo significa uma ideologia que tem como base a essência em detrimento à existência. Ou seja, a felicidade só pode ser alcançada quando uma pessoa prioriza sua natureza mais íntima. Assim, deixar de lado tantas tarefas secundárias ajudam a dinamizar seu tempo para o que realmente importa.
Desafios do cotidiano
Mas como fazer isso com um mercado cada vez mais rigoroso? O crescimento das tecnologias mudou muito a dinâmica de trabalho. Não basta mais um diploma de graduação e um currículo impecável. A lista de exigências não para de crescer. O profissional precisa cultivar diversas habilidades, ou seja, tonar-se multitarefa.
Os desafios não param por aí! A internet trouxe as distrações das redes sociais e toneladas de informações que quando usadas em excesso viram um aliado para a procrastinação. Sem falar nas relações mal administradas que sugam o tempo de qualquer um. A necessidade de aceitação pode ser um problema bem complicado, já que deixar de fazer suas tarefas essenciais para dedicar-se aos favores não ajuda em nada quando o objetivo é ter uma rotina mais produtiva.
As situações pontuadas aqui são só alguns dos desafios que resultam em desgastes físico e psicológicos.
Assim, quando você não determina o que é essencial para sua vida, qualquer coisa vira uma prioridade.
É aí que está o problema!
O que é essencial?
Em seu livro “Essencialismo: a disciplinada busca por menos”, Mckeown organiza o método para um trabalho mais produtivo em quatro pontos: Essência, Exploração, Eliminação e Execução. A obra entrou para a lista das mais lidas, em 2015, conforme o jornal The New York Times.
O autor detalha no primeiro passo como é pensar como um essencialista. Parece tarefa fácil, já que a primeira impressão ao falar sobre o assunto é pensar que basta eliminar as ações do seu cotidiano que não são tão importantes. Mas será que você sabe quais são as coisas essenciais em sua vida?
O autoconhecimento é a regra básica para começar a entender quais escolhas deve fazer para dedicar sua energia a elas, alcançar a produtividade e evitar sobrecargas e desgastes no dia a dia.
Ao iniciar a mentalidade essencialista descrita no livro, não basta analisar quais são essas tarefas essenciais. O questionamento deve ser profundo para que você chegue na matriz das prioridades, e, logo depois, tome decisões para que elas sejam viáveis, e isso pode ser, abrir mão de coisas, relações e experiências. Esse é o conceito de perder para ganhar citado na obra.
Menos, mas melhor
Quando adotada, a filosofia essencialista rompe com a regra comum do mundo empresarial: fazer mais com menos. O próprio Mckeown afirma que seu método é um tipo de contracultura, em entrevista cedida à Exame.com. O autor diz que para viver com o essencial é importante fazer menos, mas melhor.
Depois de muita pesquisa e autoreflexão, você consegue focar com qualidade apenas no que deseja fazer. Mas para que isso aconteça será necessário reduzir as atividades e isso exige o próximo passo: a negociação.
Negociação é uma forma de dizer ‘não’
O essencialista deve estar pronto para recusar tarefas. Parece uma decisão difícil, visto que o trabalho nos exige cada vez mais tarefas. Mas, para que o método dê certo é fundamental praticar o temível ‘não’. Claro que dá para negar algo sem ser indelicado com alguém. Aí que entra a negociação!
Quando lhe pedirem um favor ou mais trabalho, você não precisa dar uma resposta definitiva no momento. A melhor frase para estes momentos: vou pensar e te dou um retorno depois. É importante parar e analisar soluções viáveis que não te envolvam ou que possam ser negociadas.
Você deve abrir mão de fazer de tudo um pouco, caso contrário, o essencial nunca será atendido!
Muito interessante e gostaria de saber mais a respeito